A Democracia Parlamentar e os desafios da representação no século XIX e início do XX
26/03/2023Reforma, Revolução e a formação do Estado Social
26/03/2023A vida dos trabalhadores no século XIX foi marcada por profundas transformações sociais, políticas e econômicas. A Revolução Industrial impulsionou o crescimento das cidades e da classe trabalhadora urbana, que era bastante heterogênea, abrangendo desde artesãos tradicionais e trabalhadores qualificados até proletários e subempregados. A vida desses trabalhadores oscilava entre o desconfortável e o insuportável, com a maioria morando em apartamentos de um cômodo ou minúsculas casas operárias, sem condições sanitárias dignas.
As mulheres da época levavam uma vida ainda mais dura, dividindo-se entre atividades domésticas e trabalho fora de casa. A jornada de trabalho dos trabalhadores em geral era muito longa, chegando a 12 ou 14 horas por dia, sendo cansativa e perigosa, com alto risco de acidentes. Muitas vezes, homens adultos eram substituídos por mulheres e crianças, ficando desempregados e desalentados. Nesse contexto, surgiram as primeiras epidemias de alcoolismo, e o café se disseminou como a bebida dos trabalhadores. A prostituição também se tornou uma realidade para muitas mulheres.
Foi nesse cenário que Thomas Paine escreveu seu “Rights of Man” (1791), defendendo uma espécie de renda mínima e o direito ao trabalho. Ao mesmo tempo, surgiram movimentos socialistas, como os de Robert Owen e Charles Fourier, e o socialismo científico de Karl Marx e Friedrich Engels. Essas correntes reivindicavam melhores condições de vida e trabalho para os operários.
A Internacional Socialista foi criada em 1864 para unir e coordenar os movimentos socialistas de diversos países. O trabalhador passou a ser colocado no centro do processo histórico, como agente social e político, reivindicando direitos e participação no governo.
Na Inglaterra, a Carta do Povo (1838) pedia sufrágio universal masculino, voto secreto, eleição anual e representação operária, dando origem ao movimento cartista. As reformas inglesas de 1867 e 1884 ampliaram o eleitorado de 8% para 29% da população. Em 1918, a Lei de Representação do Povo concedeu o direito de voto às mulheres com mais de 30 anos.
Essas mudanças resultaram na formação da democracia de partidos de massa, caracterizada por programas políticos que regiam seu funcionamento e vinculavam os mandatos dos eleitos ao cumprimento desses programas. Os trabalhadores passaram a conseguir votar em representantes do mesmo estrato social.
No decorrer desse processo, muitos direitos sociais foram conquistados pelos trabalhadores, como a limitação da jornada de trabalho, a proibição do trabalho infantil, a criação de leis de segurança no trabalho e o estabelecimento de sistemas de previdência social.
Em conclusão, o século XIX foi um período de lutas e conquistas para os trabalhadores. As adversidades enfrentadas pelos operários estimularam o surgimento de movimentos e ideias que colocavam o trabalhador no centro das discussões, culminando na formação da democracia de partidos de massa e na conquista de direitos sociais. Essas transformações foram fundamentais para moldar as relações trabalhistas e a democracia como conhecemos hoje.
A classe trabalhadora teve um papel crucial na construção de um sistema político mais representativo e na luta por condições de vida mais dignas. O legado dessa época ainda ressoa na sociedade atual, lembrando-nos da importância de continuar lutando por justiça social e igualdade para todos os cidadãos.
Texto escrito pelo Chat GPT e revisado pelo Blog.