O Estado Social Intervencionista, que buscou reduzir a miséria e as desigualdades sociais, começou a ser duramente questionado pelas elites econômicas globais a partir da década de 1970. Essa mudança de paradigma ocorreu em um contexto de crise econômica, caracterizado por estagflação, desemprego e endividamento público crescentes. Wolfgang Streeck, sociólogo alemão, descreve esse questionamento como o “rompimento do pacto social keynesiano”.
Diante deste cenário, emerge a ideologia neoliberal, que acusa o Estado de ser ineficiente, burocrático e de consumir excessivamente recursos obtidos por meio de tributos. Nessa perspectiva, o mercado é visto como uma forma de organizar a economia capaz de obter resultados precisos, com flexibilidade, estimulando a criatividade e focando na satisfação do cliente. O neoliberalismo defende, então, uma série de reformas para privatizar serviços públicos, transferindo-os para o domínio do mercado, que os prestaria com maior eficiência.
A ideologia neoliberal se expande e ganha força na década de 1980, passando a preconizar a adoção do Novo Modelo de Gestão Pública. Essa abordagem sugere que o Estado deve ser administrado como uma empresa capitalista, com foco na eficiência e na redução de gastos. Políticos como Margaret Thatcher, no Reino Unido (1979-1990), e Ronald Reagan, nos Estados Unidos (1981-1989), foram expoentes da corrente neoliberal de pensamento, implementando medidas que resultaram em reduções de direitos sociais e em uma gestão estatal austera.
Em 1989, o economista britânico John Williamson cunhou o termo “Consenso de Washington” para descrever um conjunto de políticas econômicas adotadas por organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, em resposta à crise da dívida dos países em desenvolvimento. Essas políticas incluíam a liberalização do comércio, a desregulamentação, a privatização de empresas estatais, a redução de gastos públicos e a flexibilização das leis trabalhistas. O Consenso de Washington consolidou o neoliberalismo como a ideologia dominante no campo da política econômica internacional.
Apesar de algumas conquistas para a elite, como a redução da inflação e o estímulo ao crescimento econômico em alguns casos, o neoliberalismo também tem sido criticado por acentuar as desigualdades sociais, enfraquecer o papel do Estado na proteção dos mais vulneráveis e favorecer a concentração de riqueza nas mãos de poucos. O neoliberalismo permanece hegemônico. Diferentes perspectivas críticas defendem a necessidade de priorizar a justiça social na formulação das políticas públicas, superando as limitações impostas pela austeridade e pelo modelo neoliberal de gestão.
Texto redigido pelo Chat GPT e revisado pelo Blog.
