O silogismo axiológico jurídico
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07/04/2023A lógica aristotélica da poiesis é um conceito que se refere à ação humana de produzir coisas. Segundo essa lógica, o ser humano elabora mentalmente um modelo do produto que deseja criar antes de efetivamente fazê-lo. Dessa forma, o produto final é feito de acordo com o modelo mental previamente estabelecido.
No contexto da advocacia de volume, essa lógica pode ser aplicada na elaboração de peças judiciais em casos fáceis. Tais casos geralmente envolvem situações jurídicas rotineiras e com menor complexidade, permitindo o uso de modelos pré-definidos para a elaboração das peças processuais.
Os modelos, nesse caso, servem como base para a construção das peças judiciais, como petições iniciais, contestações e recursos. Eles são adaptados conforme as especificidades de cada caso, levando em consideração as particularidades dos fatos, as partes envolvidas e as normas jurídicas aplicáveis.
Por exemplo, em uma ação de cobrança de dívida, um advogado pode recorrer a um modelo de petição inicial previamente elaborado. Nesse modelo, estão presentes os elementos essenciais da causa, como a exposição dos fatos, a fundamentação jurídica e o pedido. O advogado então adapta o modelo à situação concreta, ajustando os detalhes relacionados ao caso específico, como os nomes das partes, os valores envolvidos e as provas a serem apresentadas.
Os escritórios de advocacia que lidam com casos fáceis, ou seja, aqueles que envolvem questões jurídicas menos complexas e rotineiras, costumam utilizar um banco de modelos para a produção de peças processuais. A lógica por trás dessa prática é identificar o modelo mais adequado para a situação fática em questão, de modo a facilitar e agilizar o trabalho do profissional do Direito.
Para alcançar esse objetivo, é fundamental que o advogado tenha uma mínima comprovação fática do caso, ou seja, informações e provas suficientes para embasar a escolha do modelo e a elaboração da peça processual. A partir desses elementos, o advogado pode selecionar o modelo mais apropriado, considerando as normas jurídicas aplicáveis e a natureza do conflito.
Por exemplo, em uma ação de indenização por danos morais decorrentes de um acidente de trânsito, o advogado pode recorrer ao banco de modelos e escolher um que já trate de casos similares. A partir desse modelo, o profissional fará as adaptações necessárias, como alterar as informações das partes envolvidas, detalhar os fatos específicos do acidente e, se necessário, atualizar as normas jurídicas abstratas que fundamentam o pedido.
Essa prática de adaptação dos modelos não se restringe apenas às peças processuais elaboradas pelos advogados. Em casos fáceis, os próprios juízes costumam recorrer a um banco de modelos para a elaboração das sentenças. O juiz seleciona o modelo que melhor se ajusta à situação fática apresentada no processo e, assim como o advogado, adapta o modelo às peculiaridades do conflito, como os nomes das partes e as circunstâncias específicas do caso.
A fundamentação da decisão judicial é construída a partir das normas jurídicas interpretadas, com base na doutrina e na jurisprudência, e o dispositivo da sentença é ajustado às partes e ao conflito em análise.
A transformação do modelo escolhido em uma peça processual efetiva ocorre por meio de adaptações específicas. Com base na comprovação fática e no entendimento das normas jurídicas aplicáveis ao caso, o advogado ou o juiz realiza alterações no modelo para adequá-lo às circunstâncias concretas.
As adaptações podem incluir a modificação das informações sobre as partes envolvidas, a inclusão de detalhes sobre os fatos e a atualização das normas jurídicas abstratas que fundamentam o pedido. Em alguns casos, o pedido em si também pode sofrer pequenas alterações, de acordo com as especificidades do caso e as necessidades das partes.
Por exemplo, ao trabalhar com um modelo de petição inicial em uma ação de cobrança de aluguéis atrasados, o advogado deverá adaptar o texto para incluir os nomes dos locadores e locatários, os valores em atraso, a data do contrato de locação e quaisquer outras informações relevantes para o caso. Além disso, o advogado poderá precisar atualizar as referências legais, como citar o Código Civil ou a Lei do Inquilinato, de acordo com as alterações legislativas que possam ter ocorrido desde a criação do modelo.
Essa adaptação do modelo tem como objetivo garantir que a peça processual seja personalizada e relevante para o caso concreto, considerando as nuances e especificidades que possam existir. Ao mesmo tempo, o uso do modelo permite que o trabalho seja realizado de forma mais rápida e eficiente, uma vez que o profissional do Direito já conta com uma estrutura pré-estabelecida para a elaboração da peça.
Cabe ressaltar que a adequada adaptação do modelo é crucial para a efetividade da peça processual e para o sucesso da ação judicial. Um modelo mal adaptado pode resultar em uma peça que não atenda às exigências legais ou que não contemple adequadamente os interesses das partes, comprometendo o desfecho do caso. Em síntese, a cuidadosa adaptação do modelo selecionado às especificidades do caso, garantindo que a peça processual seja adequada, completa e efetiva na defesa dos interesses das partes envolvidas.
Também o processo de elaboração da sentença pelo juiz recorre a um banco de modelos em casos fáceis. Nesses casos, a lógica de adaptação do modelo também se aplica à atuação do magistrado, que busca agilizar e padronizar suas decisões com base em modelos pré-definidos que se adequem à situação fática apresentada no processo.
Ao escolher o modelo de sentença mais apropriado, o juiz leva em consideração os fatos, as alegações das partes, as provas produzidas e as normas jurídicas aplicáveis ao caso. Com base nesses elementos, o magistrado realiza as adaptações necessárias no modelo, ajustando os nomes das partes, as peculiaridades do conflito e a fundamentação jurídica da decisão.
A fundamentação da sentença, que é um dos requisitos essenciais para a validade da decisão judicial, é construída a partir das normas jurídicas interpretadas, com base na doutrina e na jurisprudência. O juiz deve demonstrar, de forma clara e objetiva, os motivos que o levaram a adotar determinado entendimento e a aplicá-lo ao caso concreto. Na maioria das vezes está pré-elaborada no modelo.
O dispositivo da sentença, que corresponde à parte final da decisão e estabelece o resultado do julgamento, também é ajustado às partes e ao conflito em análise. Nele, o juiz define, por exemplo, se o pedido do autor é procedente ou improcedente, estipula valores de indenização ou fixa prazos para o cumprimento de obrigações, conforme as especificidades do caso.
Em suma, destacamos a importância da adaptação dos modelos de sentença pelo juiz em casos fáceis, com o objetivo de agilizar o processo decisório e garantir a aplicação correta das normas jurídicas e dos princípios do Direito. Ao mesmo tempo, o magistrado deve zelar pela fundamentação adequada e pelo respeito às peculiaridades do caso, assegurando a efetividade e a justiça da decisão judicial, fazendo as adaptações necessárias no modelo para garantir a justiça e a adequação da decisão às circunstâncias concretas.
A lógica dos modelos na produção seriada de peças processuais e sentenças aparece especialmente no contexto da advocacia de volume e em casos fáceis. A utilização de modelos padronizados agiliza o trabalho tanto dos advogados quanto dos juízes, permitindo que eles lidem com um grande número de processos de maneira mais eficiente.
A lógica dos modelos também se mostra compatível com situações padronizadas por Súmulas obrigatórias. As Súmulas representam entendimentos consolidados dos tribunais superiores sobre temas específicos, e sua aplicação obrigatória visa garantir a uniformidade e a previsibilidade das decisões judiciais. Nesse contexto, o uso de modelos alinhados às Súmulas contribui para a aplicação coerente e homogênea do Direito.
No entanto, é importante ressaltar que a utilização de modelos não deve comprometer a qualidade e a individualização das peças processuais e das decisões judiciais. Os profissionais do Direito e os magistrados devem estar atentos às peculiaridades de cada caso, adaptando os modelos de acordo com as necessidades específicas das partes envolvidas e garantindo a justiça e a adequação das soluções jurídicas.
Em conclusão, a lógica dos modelos na elaboração de peças processuais e sentenças em casos fáceis é uma ferramenta valiosa para aumentar a eficiência e a celeridade do sistema judiciário. No entanto, é fundamental que os profissionais do Direito e os juízes realizem as adaptações necessárias e mantenham o foco na qualidade e na individualização das soluções jurídicas, de modo a garantir a justiça e a efetividade do Direito para todas as partes envolvidas.
Texto elaborado pelo ChatGPT e revisado pelo Blog.