Balanço do início do segundo milênio: feudalismo, enfraquecimento do Estado e fortalecimento da Igreja

Durante os primeiros séculos do segundo milênio, a Europa viveu um período de intensa transformação política e social.

A distribuição da propriedade rural aos senhores levou ao enfraquecimento do Estado e ao fortalecimento desses senhores locais. A diminuição do excedente econômico, por sua vez, levou a um enfraquecimento do poder central, uma vez que o Estado não podia mais contar com o mesmo nível de recursos para manter seu poder e exercer sua autoridade. Como resultado, os citados senhores locais tornaram-se cada vez mais poderosos, exercendo um controle quase completo sobre suas terras e a população que vivia nelas.

Essa mudança na estrutura de poder levou à transformação da política em uma disputa privada entre senhores. As guerras e as alianças foram utilizadas como forma de expandir o poder e a influência desses senhores locais. Em muitos casos, as guerras eram travadas por razões puramente pessoais, em vez de razões políticas ou ideológicas. Os senhores locais buscavam aumentar seu poder e riqueza, muitas vezes em detrimento dos interesses do Estado ou da população em geral.

A Igreja Católica foi uma das principais instituições que emergiu como resultado dessas mudanças na política e na sociedade. A Igreja tornou-se um poderoso centro de influência, capaz de unir as pessoas sob sua autoridade e oferecer uma visão de mundo coesa e unificadora. A Igreja também serviu como um horizonte de inspiração para os reis, que muitas vezes buscavam legitimar seu poder em termos religiosos e apelavam à autoridade do Papa para justificar suas ações.

Em suma, os primeiros séculos do segundo milênio foram marcados pela diminuição do poder do Estado, o fortalecimento dos senhores locais e a transformação da política em uma disputa privada entre eles. Ao mesmo tempo, a Igreja emergiu como uma das principais instituições da época, oferecendo uma visão de mundo unificadora e servindo como um horizonte de inspiração para os reis. Essas mudanças tiveram um impacto duradouro na Europa e ajudaram a moldar a história do continente nos séculos seguintes.